Wednesday, March 23, 2005

o poema

O POEMA

ao que me agarro essa nudez
total detrás das vísceras decerto
estranhamente naturais à espera
sim à espera despido o ornamento
o som o símbolo inespera o ser
na última fronteira e trava
o embate cego contra o nada ou contra
algum sereno que o esmaga deseja
sim deseja o que as coisas tem
o hábito de ser as mãos pousadas
ou mesmo passos na varanda
antiga já que por dentro em todos
os desvãos e em linha não tão
reta nem abrupta uma voz
sussurra às vezes grita
sossega leão
sossega
leão

1 Comments:

Blogger Fernando Moura said...

GosTO DO QUE ESCREVES

6:49 PM  

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