Tuesday, April 19, 2005

INTRAVENOSA

eu odeio sonetos e à mão cheia
despejo mais sonetos por aí
não seique praga é essa em minha veia
não sei e se soubera me esqueci


vim de apagar-me: o palco é um insulto
a uma alma que habita no sereno
mas o que nego a mim em mim avulto
e ainda que morra afogo-me em veneno

eu vivo em tese e em tese me abandono
me nego e me apago no soneto
como este que me dá ainda mais sono

não sei se escrevo já o que oolho inventa
ou o que a vida trouxer reinterpreto:
qual a palavra que me representa?

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